No ano que não teve carnaval, resolvemos juntar nossas vontades de estar na rua compartilhando alegria e elaboramos um projeto, de registro e memória, de alguns dos mais de seiscentos blocos carnavalescos que atravessam a cidade em tempos de Momo.
O projeto está disponível na página do coletivo Do Leme à Praça Mauá
https://www.youtube.com/channel/UCUd7_bORhcmznJ1khSka9Fw/featured
Compartilho com vocês um, dos 12 episódios que formam a série do Carnaval sem carnavais.
Ajudem na divulgação inscrevendo-se na página.
Grato
#Fiqueemcasa
#Carnavalemcasa
#Vacinaparatodos
#RiodeJaneiro
BLOCO DO BARBAS
Geralmente os blocos de Carnaval surgem num bar. Já O Bloco do Barbas nasceu DE um bar. O bar Barbas abriu em 1981, em Botafogo, bairro de tradição musical e carnavalesca.
O Bar, criação de Nelsinho Rodrigues, Manoel Henrique Ferreira, Mário Presidente, Tchecha e Duda se transformou em ponto de encontro etílico e cultural, nos anos da transição política.
Seus frequentadores contagiados pelo clima de efervescência reinante, se atreviam a pensar a cidade e o país sem as restrições dos anos de chumbo.
Para o compositor Mauro Duarte, entretanto, faltava um bloco de carnaval ao bar. Nelsinho, filho do escritor Nelson Rodrigues, sensibilizado com a demanda, convocou o coletivo pra deliberar.
O bloco do Barbas foi fundado, em 1985, por uma turma que bebia feliz, sabedora que Nelsinho era o comandante do pendura. Noca da Portela e seus parceiros permanentes, Roberto Serrão e Roberto Medronho; Walter Alfaiate, Macarrão e Cid Benjamim; Mauro Duarte, Cristina Buarque, Nick Zarvos, e Lêfe de Almeida declararam fundado o cordão carnavalesco e definiram as cores do pavilhão: vinho e branco.
O bar fechou em 1989, mas o carnaval do Barbas continua desfilando na rua Arnaldo Quintela. Dois sambas se revezam no cortejo e fazem a alegria dos foliões. O banho do carro pipa, surpresa no primeiro carnaval, continua sendo um dos momentos mais aguardados do desfile.